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MPRJ denuncia e requer prisão preventiva de cinco mulheres por estelionato em fraude conhecida como "golpe do motoboy"
Publicado em Thu Jul 29 19:42:23 GMT 2021 - Atualizado em Thu Jul 29 19:42:13 GMT 2021

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca da Capital, ofereceu, nesta quinta-feira (29/07), denúncia em face de Yasmin Navarro, Anna Carolina de Sousa Santos, Gabriela Silva Vieira, Rayane Silva Souza e Mariana Serrano de Oliveira, com pedido de decretação de prisão preventiva. No dia 07/07/2021, durante uma operação, policiais civis lotados na 40ª DP foram até um apartamento no Recreio dos Bandeirantes para cumprir mandado de busca e apreensão expedido no bojo do inquérito policial 040-02416/2021 (0149724-41.2021.8.19.0001), instaurado para investigar associação criminosa voltada para a prática de crimes de estelionato, por meio de fraude eletrônica conhecida como “golpe do motoboy”. 

No local foram apreendidos oito notebooks, diversos cartões bancários de titularidade das denunciadas e de terceiros, sete telefones celulares comprovantes de depósitos bancários, máquinas de pagamento em cartão, cadernos, agendas, além de R$ 2.723,00 em espécie e 10 libras esterlinas. Diante do material encontrado, ficou constatado que se tratava de uma central de telemarketing com o objetivo de praticar crimes de estelionato em face de correntistas de diversos bancos. De acordo com o documento, “as denunciadas, com vontade livre e consciente e, em comunhão de ações e desígnios entre si e com outros indivíduos ainda não identificados, integravam pessoalmente organização criminosa.” 

Segundo a denúncia, os policiais observaram que Rayane e Anna Carolina realizavam o primeiro contato com as vítimas, e depois transferiam a ligação para Yasmin, Gabriela e Mariana, que se encontravam no mesmo local, e convenciam as pessoas a informar os dados bancários. A fraude consistia em contatar o titular do cartão de crédito e convencê-lo de que o cartão em questão estaria clonado. Em seguida, era solicitado que as vítimas confirmassem os dados digitando as senhas e, em alguns casos, que os cartões bancários fossem cortados para que, depois, supostos funcionários dos bancos fizessem o recolhimento. Um software armazenava todos os dados repassados pelos clientes. De acordo com a 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca da Capital, a cada ligação efetuada era necessária a atuação de, no mínimo, duas pessoas, o que explica as denunciadas serem encontradas trabalhando em grupo. 

Processo nº 0153477-06.2021.8.19.0001 

Por MPRJ

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