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MPRJ participa da segunda reunião da Rede de Resiliência que discute medidas de prevenção aos impactos dos temporais na Região Serrana
Publicado em Thu Feb 03 17:18:08 GMT 2022 - Atualizado em Thu Feb 03 17:18:02 GMT 2022

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da procuradora de Justiça Denise Tarin, coordenadora do projeto Morte Zero, participou do segundo encontro da recém-criada Rede de Resiliência da Região Serrana, nesta quarta-feira (02/02). Foram discutidas medidas para prevenir os impactos das chuvas fortes na região, o auxílio à população local e soluções de prevenção a desastres naturais. 

Além do MPRJ, participaram representantes da Defesa Civil de Petrópolis e Nova Friburgo, do CEFET, do Laboratório de Geografia da UFRJ, do Laboratório de Pesquisa da Universidade Estácio de Sá, da ONG Garde, da startup CEM Comunicação nos Desastres, das Associações de Moradores dos bairros de Petrópolis Vale do Cuiabá, Madame Machado e Gentio, do Coletivo Abraça Vila Rica e dos movimentos sociais pelo aluguel social das vítimas do desastre de 2011 na Região Serrana, Psicologia dos Desastres e Corrêas Sustentável.

De acordo com Denise Tarin, o encontro fortalece a Rede de Resiliência. “Foi estabelecida a criação de uma Secretaria Executiva e de um Conselho, para garantir a constante oxigenação do órgão e a sua manutenção. Busca-se integrar as comunidades mais afetadas pelas chuvas na região serrana. É um marco temporal também de 11 anos da ocorrência do desastre de 2011. Essa interlocução é fundamental para que sejam integrados todos os projetos que já existem no sentido da proteção da vida das pessoas”, destacou a coordenadora do projeto Morte Zero.

Para a coordenadora da Rede de Resiliência, a professora do ensino médio integrado em Telecomunicações do CEFET Petrópolis, Patrícia Lima, um dos grandes desafios será o de conciliar projetos diferentes que possuem a mesma finalidade. “Faltava comunicação para que pudéssemos integrar essas propostas, e a pandemia não colaborou para isso. Mas a Rede tem sido possível por conta dos encontros online, onde participam acadêmicos, moradores das comunidades atingidas, profissionais liberais, estudantes. O desafio é articular essa base e tornar os passos mais firmes, para que haja resistência no sentido de sua manutenção, e resiliência no sentido de estar sempre aberta a quem chegar, integrando ações antes isoladas dentro das instituições”, afirmou Patrícia.

Ana Luiza Coelho Netto, professora do Departamento de Geografia da UFRJ, acredita que a reunião foi um passo importante na construção coletiva de uma rede voltada para a redução de riscos de desastres na região. “Trata-se de um movimento social que busca agregar outras iniciativas similares de âmbito local, além de buscar novas adesões em torno de um esforço coletivo para o enfrentamento dos temporais típicos do Estado do Rio de Janeiro. Foram discutidas medidas para a redução de riscos, especialmente nos três municípios mais chuvosos, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, onde têm se tornado mais frequentes os perigos de deslizamentos e inundações bruscas durante os períodos mais chuvosos, como o que está em curso atualmente. As iniciativas adotadas pelo Poder Público têm se mostrado insuficientes, indicando a necessidade urgente de mudanças no atual modelo de gestão de riscos de desastres”, disse a professora. 

Segundo Cláudia Renata Ramos, representante do movimento social pelo aluguel social das vítimas do desastre de 2011 na Região Serrana, a prevenção deve ser prioridade nas discussões. “O desafio da Rede é fazer com que sejam tomadas medidas preventivas para que desastres como o de 2011 não aconteçam mais. Com as mudanças climáticas observadas ao redor do mundo, essa é uma ação que precisa ser adotada com urgência e estamos muito otimistas em, através da criação da Rede, ajudar a encontrar soluções para esse desafio”, declarou.

Morte Zero

O projeto Morte Zero foi criado pelo MPRJ, em 2014, para mobilizar a sociedade e os órgãos públicos fluminenses com relação aos riscos provocados pelas chuvas. Desde a sua criação, ele acompanha a situação dos municípios considerados mais vulneráveis a inundações e deslizamentos no estado, divulgando, junto aos gestores públicos e a integrantes da sociedade civil, ações que podem ser adotadas para evitar as tragédias provocadas pelos temporais.

Por MPRJ

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