Agosto chega ao final e, para fechar o mês de comemorações pelo aniversário da Lei Maria da Penha, o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (CAO Violência Doméstica/MPRJ) e a Coordenadoria-Geral de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana (COGEPDPH/MPRJ) realizaram, nesta segunda-feira (29/08), uma roda de conversa com funcionárias terceirizadas sobre violência doméstica. A ideia foi difundir as ferramentas disponíveis para o atendimento às mulheres vítimas de violência, detalhar o trabalho realizado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e incentivar a denúncia e a busca por apoio. Cerca de 100 mulheres, colaboradoras de diversas estruturas do MPRJ, como copa, zeladoria, portaria, recepção, limpeza, transporte e segurança, estiveram presentes no encontro, organizado no foyer do auditório do complexo-sede do MPRJ, no Centro do Rio. 

O evento foi conduzido pela coordenadora do CAO Violência Doméstica/MPRJ, procuradora de Justiça Carla Araújo, que ressaltou a importância de colocar em evidência o tema entre as prestadoras de serviço do MPRJ. "Hoje estamos aqui para ter um momento nosso, de conversa, para falar com vocês que trabalham dentro do Ministério Público sobre violência contra a mulher. Além disso, queremos falar sobre violência no ambiente de trabalho, como identificar essa situação e para quais canais denunciar e pedir ajudar", explicou Carla Araújo. 

O bate-papo contou com a participação da advogada Lúcia Mugayar, que expôs a todas as mulheres presentes um relato pessoal emocionante sobre violência doméstica. "Hoje estou aqui para contar a vocês a minha história e me sinto à vontade para isso. Quero que todas saibam que, assim como eu consegui me libertar e dar a volta por cima, vocês também conseguem. Existe uma rede de apoio com profissionais que podem auxiliá-las em como proceder caso estejam em situação de violência", enfatizou Lúcia. 

A procuradora de Justiça Patrícia Carvão pontuou sobre o trabalho realizado pela COGEPDPH/MPRJ, como as reuniões de releitura, com pautas sobre o cotidiano feminino, voltado para servidoras da instituição. "Estou muito feliz de estarmos juntas hoje, conversando, trocando ideias, porque independentemente do problema que estejamos passando sempre há um caminho e é possível, sim, sair de um ciclo emocional adoecido, obter ajuda. Precisamos cuidar de nós e umas das outras", afirmou. Na oportunidade, Patrícia Carvão anunciou que, em setembro, o MPRJ realizará um evento sobre a importância de cuidar da saúde mental. 

A roda de conversa foi dividida em dois grupos para que o maior número de funcionárias pudesse participar e tirar dúvidas sobre acolhimento, denúncia, direitos e canais de apoio. "Fizemos questão que pelo menos uma representante de cada setor estivesse aqui hoje. Assim, conseguiremos atingir as outras mulheres, repassando às colegas e amigas o conhecimento adquirido nesse encontro", ressaltou Carla Araújo. 

Por MPRJ