O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), denunciou à Justiça Michael Santos da Silva, conhecido como “Falcão do Anaia” e outros três homens, pelo crime de associação para o tráfico de drogas na Comunidade da Anaia, em São Gonçalo. De acordo com a denúncia, os criminosos foram identificados a partir de investigação iniciada para apurar suspeitas de que o tráfico de drogas da Comunidade do Anaia utilizava, desde o ano de 2014, uma retroescavadeira proveniente das obras do Programa “Minha casa, minha vida”, para ocultação de cadáveres na região.  

Investigações do GAECO/MPRJ revelaram que a associação criminosa cometeu diversos homicídios com o objetivo de gerar uma nova liderança no Complexo do Anaia, capitaneada pelo denunciado Michael Santos da Silva que, mesmo da prisão, comandava o tráfico de drogas na comunidade, dava ordens aos demais denunciados e era atualizado de tudo o que ocorria no Complexo do Anaia. Na denúncia, o GAECO/MPRJ cita ainda a participação dos denunciados em um confronto com a polícia, durante operação na comunidade.  

Hierarquia da associação criminosa denunciada pelo GAECO/MPRJ 

Michael Santos da Silva exercia a função de líder da associação criminosa. Thiago dos Santos Silva, conhecido como 'tafa', tinha a função de transportar armas e munições. Manoel de Souza Lima Júnior, o 'bolinho', fazia o transporte clandestino e serviço de entrega de entorpecentes para usuários/clientes do tráfico de drogas, e tinha a função de passar informações sobre a presença da polícia na comunidade.  Já Celso Luiz Ramos de Oliveira, o 'presidente', era presidente da Associação de Moradores do Anaia, e exercia a função de elo e interlocução entre a liderança do tráfico de drogas e os moradores da localidade. 

A Comunidade do Anaia, também conhecida como Complexo do Anaia, fica às margens da RJ-106, Rodovia que liga Tribobó a Maricá, e é dominada pela facção criminosa conhecida como Comando Vermelho.    

Por MPRJ