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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do CAO Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher/MPRJ, inaugurou, nesta terça-feira (07/11), no Corredor Cultural de seu edifício-sede, a exposição “Presenças Invisíveis”, idealizada pela artista plástica Isabela Francisco. A mostra, que acontece em meio às atividades do Novembro Laranja, mês de conscientização e enfrentamento à violência contra a mulher, traz uma série de pinturas concebidas pela artista e por vítimas de abusos domésticos e que hoje vivem em abrigos.
O subprocurador-geral de Justiça de Administração, Eduardo Lima Neto, esteve presente à abertura da exposição e relembrou a importância da arte como instrumento de conscientização social. “Precisamos tê-la como ferramenta de manifestação e linguagem daquilo que não encontramos na literatura ou no cinema, por exemplo. A arte como tal, ao lado da cultura, precisa estar presente nessa instituição, estar presente naqueles que têm um papel maior, uma responsabilidade maior, que é atribuída ao MP pela Constituição brasileira”, destacou.
Durante a inauguração, a procuradora de Justiça Carla Araújo, coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (CAO Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher/MPRJ), ressaltou a narrativa da exposição, que mostra o caminho percorrido pelas vítimas ao longo do ciclo de abusos. “Podemos perceber que o trabalho que está exposto, feito por mulheres vítimas de violência da casa-abrigo, possui uma mensagem de dor e sofrimento. Porém, no final de tudo, ainda há uma esperança”, disse.
A idealizadora da exposição, a artista plástica Isabela Francisco, abordou os temas em destaque e discutiu como, mesmo diante do alarmante número de feminicídios, é essencial expressar indignação. “Mesmo que estejamos assolados por tanta violência, precisamos manifestar nossas dores. E a arte surge como um poderoso catalisador desse protesto. Nós temos que acreditar que podemos dar a volta por cima, pois somos donas da nossa própria caminhada”.
As obras estarão disponíveis para o público até 10 de dezembro, que marca o Dia Internacional dos Direitos Humanos, no Corredor Cultural da sede do MPRJ, na Avenida Marechal Câmara, 370, Centro do Rio, das 10h às 17h.
Por MPRJ
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