No primeiro semestre deste ano, foram apresentados os resultados do Censo Institucional 2023. Idealizado pela Comissão Permanente Multidisciplinar de Acessibilidade (CPMA), o Censo tem como objetivo conhecer o perfil dos integrantes do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), visando à adoção de medidas preventivas, ao aprimoramento das ações afirmativas e ao planejamento institucional com foco nas pessoas, promovendo sempre a inclusão.

Com a maior adesão histórica, o censo foi respondido por 95% dos integrantes da instituição, por meio de um questionário disponibilizado entre os dias 16 de novembro e 31 de dezembro do ano passado. Com o apoio do Núcleo de Saúde Ocupacional (NSO) e da Gerência de Análises, Diagnósticos e Geoprocessamento (GADG), os dados foram analisados e revelam que a instituição conta atualmente com 6.903 integrantes, a maioria com idade entre 20 e 49 anos, perfil etário que se modificou com o ingresso dos residentes.

Disponibilizamos um infográfico para melhor visualização dos resultados. Acesse neste LINK. Entre os destaques, constata-se que a maioria dos integrantes é do sexo feminino, com 3.815 mulheres no quadro do MPRJ. De acordo com o "Mapa da Equidade: Reflexão, Pesquisa e Realidade", divulgado em março pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o MPRJ ocupa o primeiro lugar em número de mulheres entre os membros, com 57,9% das vagas.

Ainda segundo o Censo Institucional 2023, 2,3% dos integrantes do MPRJ possuem algum tipo de deficiência (PCD), refletindo um aumento de 10% em relação aos dados de 2021. Dos tipos de deficiência declarados, 42% são físicas, 22% visuais, 19,4% auditivas, 9,7% autismo, 2% intelectuais e 5% outras. De 2021 a 2023, houve aumento nos casos de deficiência física, auditiva e autismo, e diminuição nas deficiências visuais. Fortalecer a acessibilidade e inclusão é um dos objetivos do censo.

Com relação ao quesito raça/cor, cerca de 35% dos integrantes se autodeclararam pretos ou pardos, sendo 10,9% pretos e 23,9% pardos. Dos 839 membros (procuradores e promotores de justiça) que responderam ao censo, 722 se autodeclararam brancos, 63 pardos, 9 pretos, 5 amarelos, nenhum indígena, e 40 optaram por não declarar. No que se refere à aplicabilidade da Lei de Cotas, 4,8% dos respondentes ingressaram na instituição por essa via, sendo 74% por cotas raciais, 23% por cotas de PCDs e 3% sem declaração.

Veja também o vídeo com os dados. 

Por MPRJ