Notícia
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O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) encerrou 2024 com números expressivos que evidenciam o impacto de sua atuação no enfrentamento ao crime organizado e à corrupção no estado. Foram apresentadas 84 denúncias, realizadas 63 operações e denunciadas 557 pessoas à Justiça, entre as quais estão 64 policiais militares, entre ativos e inativos, 16 policiais civis, além de nove ex-secretários municipais, três ex-prefeitos, quatro delegados de polícia, 30 servidores públicos e integrantes do crime organizado, como líderes de facções criminosas e milicianos. Esses resultados refletem o trabalho contínuo do grupo no combate a práticas ilícitas, incluindo corrupção, lavagem de dinheiro, homicídios e fraudes financeiras.
Os números registrados em 2024 refletem a amplitude e a eficácia das ações. Das 84 denúncias apresentadas, 15 foram por crimes de corrupção, 10 por lavagem de dinheiro, 10 contra milícias e oito relacionadas a homicídios ligados ao crime organizado. Outras 41 denúncias foram por crimes diversos, como tráfico, estelionato, golpes, crimes contra a administração pública, contravenção, abuso de autoridade, entre outros. O ano também contou com quatro ações civis públicas ajuizadas, incluindo iniciativas para coibir a ocupação irregular do solo e a exploração de recursos ambientais por organizações criminosas.
Por meio da Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o caso Marielle Franco e Anderson Gomes (GAECO/FTMA), foi obtida a condenação dos executores do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Cabe destacar, ainda, a ação conjunta do GAECO/FTMA com a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República na operação Murder Inc, que prendeu os supostos mandantes.
Outro marco importante foi a prisão do principal contraventor do jogo do bicho. Além disso, o GAECO/MPRJ denunciou cinco integrantes do Comando Vermelho pelos homicídios de três médicos, na Barra da Tijuca, em um crime que evidenciou a estratégia de expansão territorial da facção em disputa com milícias na região.
Outras ações de grande impacto incluem operações no âmbito da Operação Torniquete, visando desarticular ações do crime organizado em roubos de carga, e as operações na Rocinha e no Complexo da Penha, para cumprimento de mandados contra integrantes do Comando Vermelho. Houve, ainda, apoios a GAECOs e polícias de outros estados.
O combate à corrupção também foi uma prioridade em 2024. O GAECO/MPRJ denunciou agentes públicos por facilitação de fuga de presos e outros por fraudes em folhas de ponto que totalizaram mais de R$ 116 mil. Por meio da Força-Tarefa de Combate à Ocupação Irregular (GAECO/FT-OIS), também foram ajuizadas ações civis públicas para interromper obras ilegais realizadas pela milícia em condomínios, com pedidos de recuperação ambiental e indenização por danos coletivos.
No enfrentamento às milícias, o grupo deflagrou operações como a Naufrágio, que atingiu a estrutura criminosa na Praça Seca, e denunciou 17 policiais militares por extorsão e comércio ilegal de armas. A Operação Pretorianos, deflagrada em março, teve como alvos 18 policiais militares da ativa e um policial penal que integravam a organização criminosa liderada pelo contraventor do jogo do bicho. O GAECO/MPRJ denunciou à Justiça 31 pessoas pelo crime de organização criminosa.
Além das ações no estado, o GAECO/MPRJ teve participação destacada em discussões nacionais sobre o combate ao crime organizado junto a reuniões da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (ENCCLA) e do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), onde foram definidas estratégias e ações para o enfrentamento ao crime organizado em todo o país.
Por MPRJ

(Dados coletados diariamente)