Notícia
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O Grupo de Atuação Especializada em Combate à Sonegação Fiscal e aos Ilícitos contra a Ordem Tributária do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAESF/MPRJ) denunciou um ex-auditor fiscal estadual por organização criminosa e corrupção passiva, além do crime de lavagem de dinheiro. Outros dois empresários do setor de metais foram denunciados por corrupção ativa e outras duas pessoas ligadas ao ex-servidor da Secretaria de Estado de Fazenda foram denunciadas como coautoras, pelo crime de lavagem de dinheiro.
Segundo os elementos de prova contidos nos autos da investigação, que foi conduzida pelo GAESF/MPRJ e pela Polícia civil (DGCOR- Departamento Geral de Combate à Corrupção), o então auditor fiscal integrou uma organização criminosa denunciada na Operação Leonis.
Foram também identificadas conversas em aplicativo de telefone celular que reuniram elementos que demonstram a solicitação e o recebimento de vantagem indevida pelo ex-servidor, além do pagamento de propina por empresários do setor de metalurgia para favorecimento de empresas em fiscalizações.
O ex-auditor fiscal também ocultou e dissimulou, entre 2015 e 2019, valores oriundos de atividade criminosa, em coautoria com outras duas pessoas. Ao longo do período apurado, ele declarou renda de R$ 1,8 milhão, mas recebeu em suas contas bancárias quase R$ 6 milhões de reais, gerando uma evolução patrimonial não justificada de pouco mais de R$ 4 milhões.
Para a realização do processo de lavagem de capitais, os denunciados se utilizaram de creches infantis. Foi constatada a aquisição de um Porshe Cayenne V6 2019, avaliado em R$ 500 mil, por uma das creches. A evolução de renda de uma das pessoas denunciadas, ligadas ao ex-servidor, experimentou um acréscimo nominal de 226% entre 2014 e 2018.
A denúncia foi recebida pelo Juízo Criminal da Capital.
Por MPRJ

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