NoticiasDetalhe

Notícia

Criminal
GAECO/MPRJ denuncia engenheiro e construtores envolvidos em obras da milícia no Itanhangá
Publicado em Thu Jan 16 12:11:49 GMT 2025 - Atualizado em Thu Jan 16 12:11:41 GMT 2025

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Força-Tarefa de Enfrentamento à Ocupação Irregular do Solo Urbano, do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/FT-OIS), denunciou à Justiça, pelo crime de associação criminosa, cinco pessoas que realizavam e lucravam com intervenções ilegais e degradação ambiental na área do Condomínio Nova Itanhangá, controlado pela milícia. As intervenções ilegais foram realizadas no Condomínio Nova Itanhangá, localizado na Avenida Engenheiro de Souza Filho, nº 613, na Zona Oeste do Rio. 

Foram denunciados um homem ligado à milícia local, um engenheiro civil, dois construtores e o proprietário da retroescavadeira utilizada para cometer os crimes. Em dezembro de 2024, o GAECO/FT-OIS ajuizou uma ação civil pública contra o Município do Rio de Janeiro, o Instituto Estadual do Ambiente (INEA), o Condomínio Nova Itanhangá, a Iguá Rio de Janeiro e quatro pessoas físicas, pelos mesmos fatos.

De acordo com a denúncia do GAECO/MPRJ, os denunciados são responsáveis pelas intervenções ambientais que resultaram em mais de 1.000m² de degradação, incluindo aterros dentro do espelho d'água da Lagoa da Tijuca e a supressão de vegetação nativa, abrangendo áreas de mangue e mata que foram desmatadas e aterradas. As obras resultaram na destruição do manguezal e na modificação de uma área legalmente protegida como Área de Preservação Permanente, burlando perícias técnicas ambientais. A denúncia destaca que o local é área de relevante valor ambiental por ser Bioma da Mata Atlântica e habitat natural de espécies que se encontram no rol de animais ameaçados de extinção, como o jacaré-de-papo-amarelo. 

Os promotores de Justiça explicam que a Prefeitura já havia declarado o "condomínio" como loteamento irregular e embargado a construção de um prédio residencial no local, mas as obras continuaram agravando os danos ambientais. Apesar de realizar uma operação em conjunto com o Batalhão da Polícia Militar, o INEA devolveu a retroescavadeira apreendida aos próprios integrantes da milícia. À época, a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) fez sobrevoo de drone na localidade para confirmar a continuidade dos danos ambientais e foi acionado o CPAM, que fez nova lavratura de flagrante delito no local.

Por MPRJ

gaeco
denúncia
associação criminosa
ocupação irregular do solo
força-tarefa de enfrentamento à ocupação irregular do solo urbano
condomínio nova itanhangá
63 VISUALIZAÇÕES*
*Fonte: Google Analytics
(Dados coletados diariamente)

Link Ver Todos

Compartilhar

Compartilhar