O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) participou, na última quarta-feira (19/02), de reunião com integrantes do projeto Comunidade que Cuida da Vida, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. O projeto é uma iniciativa da Faculdade de Medicina de Petrópolis (Unifase) que trabalha na coleta de dados específicos sobre as famílias vulneráveis a desastres socioambientais, contribuindo para avanços na percepção de riscos pela comunidade e o aprimoramento das ações visando à orientação dos moradores. 

Além do MPRJ e da Unifase, representada pela reitora, Maria Isabel Sá Earp, participaram do encontro as secretarias municipais de Saúde, Defesa Civil e Assistência Social, estruturas que operam no sentido de construir estudos e medidas preventivas para os moradores locais, em relação à incidência de desastres consequentes das mudanças climáticas. A reunião foi conduzida pela promotora de Justiça Vanessa Katz, que apresentou as propostas para 2025.

“O projeto vai ao encontro da proposta do MP: uma Defesa Civil e um Corpo de Bombeiros que tenham o mapeamento das casas onde há pessoas acamadas e com necessidades especiais, para que possa haver um planejamento adequado da evacuação em caso de desastres”, explicou Vanessa, que é titular da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Petrópolis.

Durante o encontro, a procuradora de Justiça Denise Tarin, idealizadora do Projeto Morte Zero do MPRJ, prestou esclarecimentos técnicos sobre a atuação ministerial e acerca da doação de cinco computadores que conseguiu para o Comunidade que Cuida da Vida. Os equipamentos foram instalados em cada um dos cinco postos de saúde abrangidos. "O projeto Comunidade que Cuida da Vida é o resultado do trabalho de muitas pessoas, de diversas áreas do conhecimento, alicerçado no território e focado nos invisíveis, aqueles que mais precisam de atenção e cuidado, em eventual situação preparatória para o desastre", destacou a procuradora de Justiça.

O projeto Morte Zero é desenvolvido pelo MPRJ, em Petrópolis, desde 2002 e no estado do Rio de Janeiro, desde 2014, e tem como propósito integrar diversos segmentos das sociedades nos processos decisórios, promovendo um diálogo público aberto, transparente e democrático. Com uma abordagem coletiva e colaborativa, o projeto se fundamenta na cooperação, solidariedade e integração dos diversos atores sociais, buscando identificar as causas históricas dos desastres e encontrar as melhores soluções.

Por MPRJ