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GAECO, DRACO e SSINTE deflagram operação para prender policiais
Publicado em Wed Dec 14 01:04:03 GMT 2016 - Atualizado em Wed Dec 14 01:03:47 GMT 2016

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a Subsecretaria de Inteligência (SSINTE) da Secretaria de Segurança e a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (DRACO) desencadearam, na manhã desta terça-feira (13/12), a operação Stelio, cujo objetivo é cumprir sete mandados de prisão, sendo alguns contra policiais civis e militares. A ação tem por base denúncia do GAECO apresentada junto à 1ª Vara Criminal de Niterói contra 13 pessoas pelos crimes de organização criminosa, extorsão, roubo, falsidade ideológica, coação e violação de sigilo funcional. Até o início da manhã, seis mandados de prisão foram cumpridos e outras duas prisões efetuadas. Uma moto, armas, documentos e celulares foram apreendidos.

A investigação teve início pela DRACO para apurar as circunstâncias de crimes de roubo e extorsão praticados por indivíduos que se apresentaram como policiais civis da unidade. Foi constatada a existência de uma organização criminosa, composta por policiais militares e civis, além de outros criminosos, que apresentava falsos mandados de busca e apreensão para vasculharem residências e exigirem dinheiro.

A denúncia encaminhada à Justiça descreve um episódio ocorrido no dia 13 de setembro deste ano, no bairro de Itaipu, Niterói, A vítima foi abordada ao sair de casa, ameaçada e algemada. Após entrarem e vasculharem a residência, cinco dos denunciados roubaram um automóvel, 13 relógios, peças de roupas, acessórios, uma CPU de computador, além de considerável quantia em dinheiro. A vítima foi ameaçada posteriormente, para que fornecesse o DUT do veículo para a realização de transferência da titularidade, sob pena de nova incursão à sua casa e suposta “continuação de apuração pela DRACO” de fatos ilícitos.

Participaram desse falso cumprimento de mandado de busca e apreensão os denunciados Alexandre Mota de Assis, o ex-policial civil Marcelo Tinoco de Carvalho, o policial civil Ubirajara de Jesus Júnior (vulgo Biriba ou Júnior), atualmente lotado na DRF, Marco Antonio Silva Carvalho (vulgo Marquinho) e o policial militar Thiago Barbosa Faria Vieira. Os cinco têm mandados de prisão expedidos pela Justiça. Outro denunciado, o policial civil Ricardo Gonçalves da Rocha, lotado na 74ª DP, forneceu informações cadastrais sigilosas dos bancos de dados públicos para o grupo criminoso.

A apuração desse episódio obteve novas informações sobre as demais pessoas associadas ao grupo, como o capitão da PMERJ Leandro Garcia Rodrigues Madeira (vulgo Madeira), também com mandado de prisão a cumprir. A regularização do veículo roubado motivou, ainda, a prática de falsificação de documentos para a obtenção da segunda via da DUT. Esta fase da empreitada criminosa contou com a atuação dos denunciados Franklin de Souza Veloso Mattos, Thiago José de Marins, Matheus do Espírito Santo Marins e Alberto José de Marins (vulgo Betinho).

De posse do documento, os denunciados Alexandre e Carlos Henrique da Silva Venturini foram abordados e detidos por policiais da Corregedoria do Detran e encaminhados para a 65ª DP (Magé), para apuração de crime de falsidade documental na transferência do veículo. No curso das investigações, o policial civil lotado nessa delegacia, Erick Martins de Souza Marques, também acabou investigado por solicitar vantagem indevida para liberar o veículo roubado. O policial figura entre os denunciados nessa ação.

A investigação apurou, ainda, que a quadrilha já estava preparada para praticar outros crimes de roubo e extorsão, tendo como alvo pessoa ligada ao alto escalão do tráfico de drogas de São Gonçalo.

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