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MPRJ deflagra operação contra milícia que atuava em condomínios do programa "Minha Casa Minha Vida", em Nova Iguaçu
Publicado em Thu Dec 13 12:00:01 GMT 2018 - Atualizado em Thu Dec 13 11:59:20 GMT 2018

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e da 10ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 3ª Central de Inquéritos, em conjunto com a Polícia Civil, realiza a Operação Héstia, nesta quinta-feira (13/12), para prender oito milicianos e cumprir mandados de busca e apreensão em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.  
 
O nome da operação faz alusão à deusa grega Héstia, protetora do lar, da harmonia e da cidade, em razão da atuação ilegal da milícia em condomínios do programa ‘Minha Casa Minha Vida’, localizados nos bairros Ipiranga e Aliança, em Nova Iguaçu.  Com envolvimento nos crimes de agiotagem, furto de energia, receptação, extorsão de dinheiro de comerciantes e homicídios, o grupo atuava no fornecimento de sinal de TV a cabo clandestino, comércio de cigarros contrabandeados e na compra e venda ilegal de unidades dos condomínios.

Os imóveis eram ‘vendidos’ clandestinamente a terceiros, sem o conhecimento de seus reais proprietários, que ao tomarem conhecimento da transação eram expulsos de seus apartamentos pelo grupo, ou encaminhados à Prefeitura de Nova Iguaçu, ao Setor de Habitação, onde eram realocados em outras unidades dentro dos próprios condomínios. O esquema contava com a participação de suposto funcionário da Light, que efetivava o cadastro dos novos moradores junto à concessionária, como se fossem os reais proprietários das unidades, com o intuito de ‘validar’ a invasão, conferindo aparente legalidade à situação. 
 
Um dos líderes da milícia, Leandro Menezes Barboza, conhecido por ‘Batata do Aliança’ dava as ordens na comunidade, tendo sido apontado como autor de homicídios praticados como forma de demonstração de força e poder. Leandro consta no Portal dos Procurados e já foi alvo da Operação Cabuçu deflagrada pelo GAECO/MPRJ em conjunto com a DRACO-IE no final de 2016.

Acesse aqui a íntegra da denúncia.

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