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MPRJ e Polícia Civil realizam operação para prender grupo de milicianos que era liderado por Orlando de Curicica
Publicado em Fri May 31 07:10:43 GMT 2019 - Atualizado em Fri May 31 14:07:01 GMT 2019

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e a Delegacia de Homicídios da capital (DH), com auxílio da corregedoria da Policia Militar, da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP) e do Corpo de Bombeiros Militares, realiza nesta sexta-feira (31/05), operação Entourage para cumprimento de mandados de prisão preventiva e busca e apreensão, incluindo a quebra de sigilo de aparelhos telefônicos e eletrônicos, contra 22 integrantes de organização criminosa. Afirma a denúncia que o grupo, conhecido pela extrema violência de seus atos e constituído sob a forma do que popularmente se chama “milícia”, emprega diversos tipos de armas de fogo em sua atuação, bem como conta com a colaboração de funcionários públicos, mais especificamente policiais e bombeiros militares da ativa, que se aproveitam desta condição para práticas criminosas.

Vale destacar que a liderança máxima do referido grupo era Orlando Oliveira de Araújo (vulgo ‘Orlando de Curicica’), seguido de William da Silva Sant’anna (‘William Negão’), Guilherme Anderson Oliveira Christensen, e Renato Nascimento dos Santos (‘Renatinho Problema’), todos já denunciados por integrarem a mesma organização criminosa, nos autos do processo n° 0514732-96.2015.8.19.0001, em curso na 3ª Vara Criminal da Comarca da Capital/RJ. Dentro dessa hierarquia destaca-se ainda a atuação de Leandro Marques da Silva (‘Mingau’), policial militar alvo da presente denúncia, e homem que gozava de grande confiança do chefe Orlando de Curicica, chegando a ser apontado como o ‘02’ na estrutura criminosa.

Segundo o MPRJ, de 2015 até o final de 2017, na área de Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes, os denunciados constituíram organização para a prática de crimes como extorsão a moradores, comerciantes e prestadores de serviços, em troca da oferta de segurança, invasões de imóveis para futuras revendas, grilagem de terras, falsidade documental, comercialização de sinais clandestinos de internet, televisão a cabo e do comércio de gás e água, somando-se a isso a venda de munições e armas de fogo, cigarros falsificados, contrabando, clonagem e receptação de veículos, além de corrupção.

A organização é caracterizada por clara estruturação e divisão de tarefas, nos quais havia os membros incumbidos da gestão do esquema criminoso; os seguranças designados para a proteção pessoal dos chefes do bando; os responsáveis pelas áreas dominadas; os soldados; os cobradores ou recolhedores; os vendedores de armas de fogos e cigarros; os olheiros; e os incumbidos da clonagem e receptação dos veículos usados por seus integrantes. O grupo espalhou sua atuação pela imposição do medo e subjugando moradores e comerciantes nos bairros citados, em especial nas regiões de Curicica, Colônia, Terreirão, Camorim, Parque Carioca/Jambalaya, Merck, Boiuna, Santa Maria, Mapuá, Lote 1000, Pau da Fome, Tancredo, Jordão e Teixeiras, todas na Zona Oeste da capital fluminense.

A denúncia  foi recebida  e as prisões decretadas pelo juízo do II Tribunal do Júri.

Acesse aqui o documento. 

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