O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), em parceria com a Delegacia de Roubos e Furtos de Carga (DRFC/PCERJ), realiza nesta quarta-feira (02/10) operação “Skyfall” para cumprir 15 mandados de prisão contra integrantes de uma organização criminosa responsável pelo roubo e receptação de cargas, além de tráfico de drogas. O grupo, que atua na região da Pavuna, Costa Barros, Barros Filho, Jardim América e adjacências, também é acusado da comercialização de bebida alcoólica adulterada, porte de arma de uso restrito, comércio ilegal de arma de fogo e corrupção ativa.  
 
Até as 9h desta quarta-feira, haviam sido cumpridos dez mandados de prisão, contra Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, vulgo “Marcelo Piloto”; Luiz Fernando do Nascimento Pereira, vulgo “Nando Bacalhau”; Jonatan Ferreira dos Santos, vulgo “Sobrinho”; Alexsandro Miranda da Silva, vulgo “Dando”; George Ferreira de Campos; Valdeque Luís de Paulo Junior; o policial militar Marcos Rabello Crescêncio; Joaquim Jardim Souza, vulgo “Moraes”; Bruno Gonçalves Carneiro e Diego Guidan Silva. 
 
As quatro denúncias foram ajuizadas tendo como base o inquérito policial nº 039-1259/2017, instaurado a partir de Registro de Ocorrência feito por policiais militares que apreenderam, em março de 2017, durante operação no Complexo do Chapadão, um caderno de anotações da facção criminosa atuante no local, uma célula do Comando Vermelho. 
 
De acordo com as informações contidas no caderno, foi possível identificar diversas atividades criminosas praticadas por eles. Além do tráfico de drogas, o grupo roubava cargas diretamente de caminhões transportadores e as revendia, além de também comercializar bebida falsificada no local. Por diversas vezes, os integrantes da quadrilha renderam motoristas que faziam o transporte das cargas, por meio de ação armada, subtraindo os produtos para si e revendendo, posteriormente, a carga roubada. Em seis diferentes ações criminosas, o grupo roubou R$ 843.207,78 em cargas de alimentos, bebidas e peças de automóveis. Outra prática da organização era a corrupção ativa através do pagamento de propina a policiais militares para que eles se omitissem na repressão às atividades criminosas desenvolvidas pelos denunciados. A denúncia foi aceita pela 41ª Vara Criminal da Comarca da Capital. 

Por MPRJ