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MPRJ abre a maratona tecnológica Hackfest 2019 - um Rio de Dados
Publicado em Fri Oct 11 10:49:42 GMT 2019 - Atualizado em Wed Sep 16 17:48:21 GMT 2020

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) sediou, na noite desta quinta-feira (10/10), a abertura da quinta edição do encontro Hackfest 2019: Um Rio de Dados, maratona tecnológica destinada à construção de soluções para a resolução de problemas que afetam a vida do cidadão. Nesta edição, realizada pela primeira vez no estado do Rio, o tema foi o combate à corrupção. O evento é organizado pelo MPRJ, pelo Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB), pela Secretaria de Estado de Polícia Civil, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) e pela Controladoria-Geral da União (CGU).  Serão quatro dias de atividades, incluindo uma maratona de desenvolvimento de aplicativos para enfrentar a corrupção e promover o controle social do Estado. O encontro também contará com uma seleção de painéis e oficinas com especialistas que debaterão o uso da tecnologia na promoção de uma sociedade mais justa e participativa. Acesse o site do Hackfest 2019 para a programação completa.

Presente à abertura do encontro, o procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, ressaltou a importância da participação cidadã na construção de soluções para os problemas enfrentados no país. “Ficamos muito honrados em realizar este evento e estamos aqui, acima de tudo, para aprender, respirar os ares que nossos jovens talentosos respiram e para poder construir uma sociedade mais justa, livre e participativa. A tecnologia e a inovação colaborativa são o grande atalho para termos uma atuação mais resolutiva e mais próxima da sociedade. Por isso passamos a adotar a plataforma de governos abertos, que contempla, entre outros aspectos, a participação popular. Nessa linha é que recebemos todos aqui e tenho certeza que as demais instituições que abraçam este evento vão poder colher excelentes frutos e resultados para órgãos mais eficientes e resolutivos”, afirmou.

O promotor de Justiça Octavio Paulo Neto, coordenador do Grupo de Apoio Especializado no Combate ao Crime Organizado do MPPB (GAECO/MPPB) e idealizador do projeto, falou sobre o processo de implantação da ideia do Hackfest, já que o evento foi realizado, em suas quatro primeiras edições pelo MPPB. “Nós sofremos do mal de nos incomodar com a realidade e acreditamos que pessoas podem transformar pessoas. E só através de um conjunto de indivíduos com vínculos fortes conseguiremos transformar a realidade. O doutor Gussem comprou a ideia de que precisamos nos modernizar e tirar o cheiro de mofo do Ministério Público. Nós queremos que o cidadão venha para dentro da nossa instituição e nos ensine um novo caminho, já que as instituições são plataformas, meios para a transformação social”, destacou o promotor paraibano.

Coordenador do Laboratório de Inovação (INOVA/MPRJ), Daniel Lima Ribeiro falou aos presentes sobre o legado que o evento deixará para as estruturas do MPRJ. “É uma alegria participar da realização do evento e receber a Nave em nossa sala, tenho certeza que os participantes da maratona irão deixar ótimas ideias para nós. O MPRJ passa atualmente por uma transformação profunda e, no espírito da inovação, gostaria de parabenizar a doutora Elisa Fraga, coordenadora da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), pela ideia de trazer este evento para cá. Estamos muito interessados em continuar esse trabalho pós-evento, pois a nossa meta principal é a de criar redes”, declarou Daniel. Professor da Universidade Federal de Campina Grande e um dos responsáveis pela realização das primeiras edições do Hackfest, Nazareno de Andrade falou sobre a importância de aproximar a sociedade civil das instituições públicas. “No início, a impressão era de que éramos quinze malucos querendo abrir o brinquedo e descobrir o que tinha dentro e acabamos, então, encontrando ressonância no MPPB. A ideia principal do Hackfest é criar redes de pessoas interessadas em fazer tecnologia, gerando pontes entre nós e instituições públicas como o MP, o TCU, a CGU, para que possamos interagir. Essa é uma oportunidade única para que o MP possa se redescobrir”, disse o professor.

Representante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Silvio Amorim, presidente da Comissão de Combate à Corrupção, lembrou da necessidade de união de esforços para combater a corrupção no país. “O CNMP não poderia estar de fora deste evento. Precisamos unir esforços no enfrentamento à corrupção. E isso faz transparecer a visão vanguardista do MPRJ que, neste momento reforça a ideia de que unidos podemos chegar adiante. O enfrentamento da corrupção não pode prescindir do sentimento maior que o Hackfest transmite, que é o de civismo e participação cidadã, buscando transformar aquilo que está em sua volta”, reforçou.

Participação popular na gestão pública

O publicitário Gustavo Maia fez a palestra inicial do evento, falando sobre a tendência mundial de participação popular na gestão pública. “Temos diversos exemplos de pessoas ao redor do mundo que apresentam ideias para mudar os serviços públicos e melhorar a vida das pessoas. Hoje, no Brasil, apenas 1,2% dos serviços públicos são prestados através de aplicativos e, paralelo a isso, somos o país que mais consome tecnologia no mundo. Temos muito espaço para inovar nas estruturas governamentais e as pessoas se sentem satisfeitas em ajudar a gestão pública a solucionar problemas que afetam os cidadãos. O governo do futuro é um governo aberto, com transparência, participação popular e combate à corrupção”, completou.

Um dos apoiadores do evento, o presidente da Transpetro, Antonio Rubens Silva Silvino, elogiou a iniciativa. “Este é um encontro muito importante de transformação cultural, de transformação tecnológica, e para trazer para o nosso negócio, para a área de transportes de óleo, tentar ajudar no grande desafio que temos de encontrar soluções para um ponto que estamos tendo muitos problemas, que é a intervenção externa em dutos. Acreditamos que esse formato pode trazer uma grande contribuição que não estamos vislumbrando”, afirmou.

Presente à abertura do encontro, o advogado Manoel Peixinho lembrou que no atual momento da sociedade brasileira, inovação é fundamental. “É muito gratificante ver jovens reunidos buscando soluções não para seus projetos pessoais, mas para a sociedade. A doutora Elisa sempre diz que o evento serve para ‘pensar fora da caixa’. Ou seja, o evento abre o Ministério Público para a sociedade. É uma possibilidade de não só conseguir transformar projetos para concretização mas como de levar para a sociedade este instrumento de transformação. O MPRJ e seus parceiros estão de parabéns por pensar, nestes dias, em ferramentas de transformação da sociedade”, elogiou.

A noite de abertura do evento contou, ainda, com uma apresentação musical da Camerata Vila, conjunto formado por jovens atendidos por uma organização não-governamental. Os jovens tocaram um repertório de músicas clássicas e sucessos populares como “Asa Branca”, “Garota de Ipanema” e “We are the Champions”, arrancando aplausos da plateia presente.

A sexta-feira (11/10) será dedicada à definição das equipes e escolha dos projetos de aplicativos que serão desenvolvidos durante o evento, além da realização de palestras.


Conheça o trabalho do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPRJ até 2018

Por MPRJ

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