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MPRJ e Polícias Civil e Militar cumprem mandados de busca e apreensão contra milicianos e acusados da morte do dono de jornal em Maricá
Publicado em Fri Dec 20 10:48:34 GMT 2019 - Atualizado em Wed Sep 16 15:50:51 GMT 2020

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), cumpre nesta sexta-feira (20/12), em parceria com a Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) e com as Corregedorias da Polícia Civil e da Polícia Militar, 28 mandados de busca e apreensão com o objetivo de desvendar o assassinato do jornalista Róbson Ferreira Giorno e de combater uma milícia na região. Duas investigações separadas demonstraram que quatro suspeitos estariam envolvidos com a morte do dono do jornal “O Maricá”, e que uma organização criminosa atua no município praticando diversos crimes e extorquindo moradores. A Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) participa da operação realizando a escolta de membros do MPRJ que realizam as diligências.

As investigações têm por base os inquéritos policiais 951-00454/2019 e 951/437/2018, ambos da DHNISG, instaurados para apurar o homicídio do jornalista e para identificar autores e participantes de assassinatos na região, assim como a formação de uma milícia em Maricá. O inquérito 951/437/2018 é um desmembramento do inquérito policial nº 951-00243/2018, que apurou uma chacina ocorrida no Condomínio Minha Casa Minha Vida de Inoã. 

Durante a apuração da morte de Róbson pela autoridade policial, verificou-se similaridade com outros crimes praticados no município ligados à atividade político-partidária e jornalística, na medida em que os suspeitos e a forma de execução se assemelham: os homicídios do jornalista Romário Barros, do vereador Ismael Breve e de seu filho, Thiago Marins. 

Em operação anterior, realizada em abril de 2018, que resultou na prisão de João Paulo Firmino, integrante da milícia chefiada por Wainer Teixeira Junior, os responsáveis pelas investigações verificaram, através de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, que a organização criminosa é voltada à prática de homicídios por encomenda, justiçamento, extorsões, imposição como vendedor único de determinados bens, vinculação com agentes públicos e coação de testemunhas. Desta forma, estão sendo cumpridos os mandados de busca e apreensão para a obtenção de provas que levem à denúncia dos autores e executores do crime e dos integrantes da organização criminosa que atua na região.

Os mandados foram expedidos pela Vara Criminal de Maricá.


Conheça o trabalho do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPRJ até 2018

Por MPRJ

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