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MPRJ obtém decisão que obriga a deputada Flordelis a utilizar tornozeleira eletrônica e a se recolher no período noturno
Publicado em Fri Sep 18 20:12:28 GMT 2020 - Atualizado em Fri Sep 18 20:12:13 GMT 2020

 

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça junto à 3ª Vara Criminal de Niterói, obteve nesta sexta-feira (18/09), decisão que obriga a deputada federal Flordelis dos Santos de Souza a utilizar tornozeleira eletrônica de monitoramento e a se recolher em sua residência no período de 23h às 06h. As medidas foram solicitadas no processo movido contra a parlamentar e outros 10 denunciados pelo crime de homicídio de Anderson do Carmo, ex-marido de Flordelis.

Em sua decisão, o Juízo da 3ª Vara Criminal de Niterói cita os motivos que levaram ao pedido formulado pela Promotoria de Justiça, entre eles a dificuldade de localização da ré, tanto para a citação no processo quanto para sua notificação pela Câmara dos Deputados. Além disso, uma testemunha do caso relatou que se sente intimidada por Flordelis e por seu filho Adriano, um dos denunciados pela morte de Anderson e que, atualmente, encontra-se preso.

De acordo com a decisão, foram trazidas aos autos notícias de fatos novos e graves, como um atentado com artefato explosivo ocorrido na residência da testemunha. “A referida testemunha já havia noticiado no curso do processo que Flordelis vinha buscando interferir na busca da verdade real, inclusive intimidando o réu Lucas, seu filho afetivo. A testemunha afirma acreditar que ´a bomba foi jogada em seu quintal para intimidar a depoente´ e também para intimidar o réu Lucas´”, diz um dos trechos da decisão.

Na denúncia apresentada pelo MPRJ, foi apontado que Flávio dos Santos Rodrigues, em conluio com Lucas Cézar dos Santos de Souza, Flordelis e os demais denunciados, atirou diversas vezes contra Anderson na madrugada do dia 16 de junho de 2019, em sua casa no bairro Badu, Pendotiba, Niterói. Flordelis é responsabilizada por arquitetar o homicídio, arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio. A deputada também financiou a compra da arma e avisou da chegada da vítima no local em que foi executada, segundo a denúncia.

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