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MPRJ recebe representantes do Ministério da Justiça para discutir a utilização do Plid no Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas
Publicado em Tue Jul 13 14:26:30 GMT 2021 - Atualizado em Tue Jul 13 14:25:39 GMT 2021

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) recebeu, na segunda-feira (12/07), uma comitiva do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) interessada em conhecer o funcionamento do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos do MPRJ (Plid/MPRJ). Recebidos pelo procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, os integrantes do MJSP pretendem integrar as bases de dados do Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid), instituído pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) a partir do Plid/MPRJ, e do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas (CNPD), de responsabilidade do governo federal. Uma nova reunião para dar continuidade às tratativas será marcada com a Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais do CNMP (CDDF), responsável pela gestão do Sinalid.

Além do PGJ, participaram do encontro, pelo MPRJ, a coordenadora-geral de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana, Patrícia Carvão, a coordenadora de Direitos Humanos e Minorias e do Plid/MPRJ, Eliane de Lima Pereira, o servidor responsável pelo Programa, André Cruz, e o diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação, Daniel Haab. Pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, estiveram presentes João Ambrósio, coordenador-geral de Pesquisa e Inovação da Diretoria de Políticas de Segurança Pública, Helena Ferraz, gerente do Projeto Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, Ana Cristina Sousa, coordenadora do Grupo de Trabalho do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas e Soluções Tecnológicas, e Rafael Rodrigues de Sousa, coordenador de Implantação do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública. Integrante do Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais do CNMP, Fabíola Sucasas Negrão Covas participou de maneira virtual da reunião, representando o presidente da CDDF, Luciano Nunes Maia Freire.

De acordo com Luciano Mattos, todos os esforços do MPRJ estão voltados para o aprimoramento da política de busca de pessoas desaparecidas. “Recebemos com grande satisfação os integrantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública e deixamos nossas estruturas à disposição para que possamos avançar nesta agenda, relacionada a um tema tão importante para a nossa sociedade”, destacou o PGJ.

Durante o encontro, os representantes do governo federal ressaltaram a importância das informações do Plid/MPRJ e do Sinalid para a construção do CNPD, destacando que todos os 27 estados já remetem informações relativas aos registros de ocorrências ocorridos em seus territórios ao governo federal. A ideia dos integrantes do MJSP é aproveitar a expertise tecnológica do MPRJ, utilizada para construir o Plid/MPRJ e para operar o Sinalid, para agilizar a implementação do CNPD.

Para Eliane de Lima Pereira, que também é integrante do comitê executivo do Sinalid, a ideia de integração é muito bem-vinda para aprimorar o processo de busca de pessoas desaparecidas no país. “O Plid/MPRJ é pioneiro nessa política em todo o país e, devido a isso, temos um acordo de gerir tecnicamente o Sinalid, acordo este mantido com o CNMP. Faremos todos os esforços para aprimorar nossa atuação neste sentido e o próximo passo é marcarmos uma reunião com a CDDF para avançarmos nesse importante processo de integração das bases de dados”, afirmou.

Representante da CDDF, Fabíola Sucasas Negrão Covas ressaltou a importância do trabalho desenvolvido pelo Sinalid. “O Sinalid é uma política inovadora que agora vem sendo incorporada, no âmbito do cumprimento de sua legislação. A visita do MJSP ao MPRJ representa que este compromisso de implementação de uma política nacional do MP, na incorporação de uma política de governo, está em curso, e é o reconhecimento ao trabalho que está sendo realizado pelo MP, de defesa dos direitos fundamentais das pessoas e da garantia dos direitos humanos. Nós não queremos que essas pessoas sejam esquecidas. O Estado tem a responsabilidade de encontrá-las e de dar essa resposta para as suas famílias”, destacou.

O coordenador-geral de Pesquisa e Inovação da Diretoria de Políticas de Segurança Pública, João Ambrósio, ressaltou que a intenção do governo federal é que a equipe responsável pelo Plid/MPRJ e pelo Sinalid esteja à frente da implantação de um sistema em âmbito nacional. “Acreditamos que este seja um exemplo de comprometimento com a implementação dessa política. Lidar com direitos humanos é lidar com o ser humano, e lidar com o sofrimento humano é uma pauta que não pode ser esquecida”, declarou.

Por MPRJ

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