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MPRJ alerta para necessidade de ampliar a proteção dos idosos nas instituições de longa permanência, diante do aumento de casos de Covid
Publicado em Tue Aug 31 08:31:56 GMT 2021 - Atualizado em Tue Aug 31 08:31:48 GMT 2021

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção ao Idoso (CAO Idoso/MPRJ), divulgou alerta sobre a necessidade de adoção de medidas de proteção para prevenção e controle da Covid-19 nas Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPIs). Diante do recrudescimento de mortes e internações de idosos em diversas regiões do Estado do Rio, somado à chegada da variante Delta (mais transmissível), o comunicado ressalta a preocupação com a circulação de pessoas nesses ambientes coletivos, com maiores chances de surtos e onde residem idosos frágeis, portanto mais propensos a desenvolverem quadros graves em decorrência da Covid-19.

O comunicado foi encaminhado às promotorias de Justiça de Proteção ao Idoso e leva em consideração Informação Técnica (IT) elaborada pelo Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE/MPRJ), destacando também o comunicado da Associação Estadual das Instituições de Longa Permanência para Idosos (Ailpi-RJ) no sentido de que sejam suspensas  as visitações presenciais, reforçando as visitas virtuais. A citada IT ressalta os dados atuais da pandemia no Estado e a nota técnica do Ministério da Saúde que concluiu pela importância de administrar uma dose de reforço da vacina para idosos.

No documento, o CAO Idoso/MPRJ chama atenção para a informação da IT sobre forte alta recente no número de idosos internados: em janeiro de 2021, 69,7% das pessoas internadas tinham mais de 60 anos, proporção que caiu para 36,2% em junho. Atualmente, entretanto, o percentual de internações de idosos voltou a apresentar aumento expressivo, chegando a 61,2%. De acordo com o GATE/MPRJ, os dados podem ser explicados pela possível maior exposição ao vírus, pela sazonalidade da doença, pela diminuição da proteção conferida pela vacina ao longo do tempo (que é maior entre os idosos) e pela variante delta. Além do agravamento entre pessoas mais velhas, preocupa o aumento geral no número de casos da doença, passando de 15.389 na Semana 27 para 23.469 caso na Semana 33 (semana passada), com tendência de alta na média móvel.  

Por isso, o CAO Idoso/MPRJ ressalta que diante do momento pandêmico, em especial do aumento de casos e da nova variante Delta,  é necessária a suspensão das visitas em ILPIs, privilegiando os contatos virtuais, salvo em caso de justificada e demonstrada necessidade, quando deverão ser reforçadas todas as medidas higiênico sanitárias de prevenção ao contágio, somente podendo se pensar numa  flexibilidade   quando o Estado apresentar dados epidemiológicos melhores, como as bandeiras indicativas de nível de risco  "muito baixo" ou "baixo" e os idosos receberem a terceira dose da vacina. Alerta, ainda, para a necessidade das ILPIs permanecerem adotando, com rigor, as medidas de higiene, prevenção e controle. Também recomenda que os municípios sejam instados a observarem a prioridade dos idosos residentes em ILPIs na aplicação da terceira dose e ampliar a vigilância em saúde nessas instituições.

Por MPRJ

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