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MPRJ obtém afastamento de delegada que teria usado banco de dados da Polícia para fornecer informações a miliciano
Publicado em Mon May 30 14:07:46 GMT 2022 - Atualizado em Mon May 30 14:07:30 GMT 2022

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), obteve, junto à 1ª Vara Criminal Especializada, decisão afastando a delegada Ana Lúcia da Costa Barros do exercício de suas funções. Ana Lúcia, que é esposa do agente penitenciário André Guedes Benício Batalha, preso durante a operação Heron, é investigada por supostamente utilizar o banco de dados da Polícia Civil para fornecer informações a um miliciano envolvido com o esquema criminoso denunciado na operação.

No último dia 20/05, o GAECO/MPRJ e a Polícia Civil, através da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (DRACO/IE), realizaram a operação Heron, que prendeu sete agentes públicos da área de segurança envolvidos com a milícia. De acordo com as investigações, os agentes eram responsáveis pelo repasse de informações privilegiadas aos integrantes da organização criminosa, sobre segurança pública, posicionamento de viaturas e investigações em andamento, com evidente prática de corrupção e pagamentos entre milicianos e serventuários do sistema prisional. 

Em abril de 2021, a polícia apreendeu um celular do miliciano Francisco Anderson da Silva Costa, o Garça, e descobriu que a senha da delegada foi usada para acessar detalhes de uma placa de um veículo a mando de Garça, que teria mandado André descobrir se tratava-se de um veículo descaracterizado da Polícia Civil. Para tal, o agente penitenciário usou a senha de delegada da mulher, Ana Lúcia, segundo a denúncia do GAECO/MPRJ.

A decisão judicial que afastou a delegada, assinada pelo juiz Marcello Rubioli, também determinou a suspensão do login e senha de acesso aos sistemas da Polícia Civil vinculados a Ana Lúcia.

Por MPRJ

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