Coordenador-geral de Segurança Pública do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (COGESP/MPRJ), o promotor de Justiça Reinaldo Lomba reuniu-se, na manhã da quinta-feira (09/06), na sede da instituição, com integrantes do Fogo Cruzado, plataforma digital colaborativa que registra dados da violência armada na região metropolitana do Rio de Janeiro. O encontro foi pautado por troca de informações, a fim de formular estratégias e traçar um plano de ação que permita ao MPRJ um acesso mais detalhado a dados técnicos do Fogo Cruzado,  para atuar com maior minúcia no controle externo da atividade policial.

“O objetivo dessa reunião foi ter acesso a outras informações que permitam cruzar dados e verificar a existência de ações policiais ordinárias repressivas em determinada localidade que não cheguem ao conhecimento do Ministério Público”, explicou Reinaldo Lomba, referindo-se ao previsto na ADPF nº 635/RJ , decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determina restrições à realização de operações policiais nas comunidades do Estado durante o período da pandemia, e prevê a necessidade de comunicação e justificativa da excepcionalidade da medida ao Ministério Público.

Para Cecília Olliveira, diretora executiva do Fogo Cruzado, o diálogo com o poder público é fundamental para que os dados produzidos pela instituição sejam traduzidos e transformados em informações estratégicas que possam, de fato, reduzir a letalidade durante as operações policiais em comunidades do Rio. “É importante trabalhar com o MPRJ, um órgão com atribuições sérias, como no caso da fiscalização do trabalho policial, estratégico dentro do âmbito da ADPF 635, e que está trabalhando em um plano específico de redução da letalidade junto ao Supremo”, destacou Cecília, acompanhada de Maria Isabel Couto, diretora de programação da plataforma, e Carlos Nhanga, coordenador regional no Rio de Janeiro.

Por MPRJ