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O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto foi marcado por uma cerimônia no recém-inaugurado Memorial às Vítimas do Holocausto Deputado Gerson Bergher, que fica no topo do Morro do Pasmado, em Botafogo. No local, seis velas foram acesas em homenagem aos seis milhões de vítimas do holocausto causado pelo regime nazista de Adolf Hitler. O dia 27 de janeiro foi escolhido por ser a data de libertação do campo de Auschwitz, na Polônia, em 1945.
O evento foi realizado pela Confederação Israelita do Brasil (CONIB) com o apoio da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ), Associação Cultural Memorial do Holocausto/RJ e do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio). Contou com a presença de sobreviventes do Holocausto, autoridades políticas, religiosas, institucionais, lideranças comunitárias e jovens. O procurador-geral de Justiça em exercício, Eduardo Lima Neto compareceu à cerimônia.
A vereadora Teresa Bergher, viúva de Gerson Bergher, lembrou da luta do marido para que o memorial fosse concretizado. Ela pediu que o espaço seja um símbolo de combate ao preconceito, à discriminação e ao ódio, mas também de difusão dos Direitos Humanos. “É um símbolo de lembrança aos nossos irmãos. Local de memória sim, mas também de propagação aos Direitos Humanos, o direito ao amor. Holocausto nunca mais.”
O Memorial às Vítimas do Holocausto tem por objetivo de proporcionar reflexões sobre a importância dos direitos humanos, da democracia, da Justiça, da tolerância, da liberdade, do respeito à diversidade e ao pluralismo como valores e princípios éticos fundamentais do ser humano. O memorial também tem o papel de levar à compreensão das raízes e ramificações dos preconceitos, do racismo e da construção de estereótipos para conseguir identificá-los e combatê-los.
O museu retrata, com experiências imersivas, a rotina de judeus antes, durante e depois dos horrores da Segunda Guerra Mundial. Um monumento de 20 metros de altura relembra os Dez Mandamentos, com destaque para o sexto: “Não matarás”. A primeira parte da exposição mostra fotos que retratam a vida antes do Holocausto.
Um outro espaço retrata a vida durante o Holocausto. Não há cores vibrantes, as fotos são em preto e branco, e não tem nenhum som. O silêncio só é quebrado quando o visitante toca numa tela e ouve histórias dos sobreviventes.
A última parte traz a vida depois do Holocausto, com foco na capacidade humana de resiliência. Um mapa mostra o fluxo migratório dos povos perseguidos se espalhando pelo mundo. As imagens ganham movimento, simbolizando a ideia da vida sendo retomada após tantas perdas. No centro, uma mesa interativa dos sobreviventes acolhidos no Brasil é um grande álbum de fotos com informações como cidade de nascimento e cidade de acolhimento.
O Memorial está aberto ao público das 10h às 18h, de quinta a domingo. A última entrada no memorial é às 17h.
Por MPRJ
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