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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, no último dia 06/06, três homens, incluindo um policial militar, por serem coautores do homicídio de Fernando Marcos Ferreira Ribeiro. Os réus são acusados de acompanhar os passos da vítima e repassar as informações para a execução. O crime, que tem ligação com a disputa de poder do jogo do bicho entre os contraventores Adilson Oliveira, o Adilsinho, e Bernardo Bello, aconteceu no dia 6 de abril de 2023, em plena luz do dia, na Tijuca, zona Norte do Rio.
A denúncia, ajuizada pela 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada - Núcleo Centro, ainda requer a prisão preventiva de Marcos Paulo Gonçalves Nunes (vulgo 'Diretor'); Vitor Luis de Souza Fernandes e do policial militar Allan dos Reis Matos. Marcos Paulo e Vitor Luis forma presos em uma operação realizada na manhã desta terça-feira, pela Delegacia de Homicídios, em razão da morte de Fernado Ribeiro, conhecido como Fabinho. Allan Matos já estava encarcerado em razão de crimes anteriores.
As investigações apontam que a vítima era ligada ao contraventor Bernardo Bello, que tinha controle sobre os pontos do jogo do bicho na região da Tijuca na época do crime. Já os denunciados fazem parte da organização criminosa liderada por Adilsinho, que vem, juntamente com os contraventores Rogério de Andrade e Vinícius Drumond, tentando ampliar a sua dominação do jogo do bicho. Na divisão, para Adilsinho, segundo apurado, restaram os territórios que à época do fato pertenciam a Bernardo Bello, que ficou com o território que antes pertencia à família Garcia.
A inicial ressalta a forma violenta e agressiva como o grupo criminoso de Adilsinho agia para tomar pontos dominados por Bernardo Bello. Essa investida culminou na morte de “Marquinho Catiri”, na tentativa de homicídio do filho de Luiz Cabral Waddington Neto, e no homicídio de Fernando Marcos Ferreira Ribeiro, todos estes crimes relacionados à guerra da contravenção. "Cuida-se de uma guerra de organizações criminosas no Rio de Janeiro, caracterizada pelo emprego de extrema violência e brutalidade, travada em locais públicos e movimentados, à luz do dia e na presença de todos, não se importando os envolvidos com a presença da Polícia Militar, de câmeras de segurança ou da população em geral", relata a denúncia.
Por MPRJ
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