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MPRJ obtém na Justiça decretação da prisão preventiva de bando acusado de matar secretário de Defesa Civil e Ordem Urbana de Belford Roxo
Publicado em Fri Aug 24 18:37:52 GMT 2018 - Atualizado em Fri Aug 24 18:37:19 GMT 2018

 
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) obteve, junto à 2ª Vara Criminal de Belford Roxo, a decretação da prisão preventiva de oito acusados do assassinato do secretário de Defesa Civil e Ordem Urbana do município, Marcos Wander Silva de Oliveira, no último dia 29 de março. A denúncia foi apresentada pelo promotor Fabio Correa, titular da 7ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 3ª Central de Inquéritos.
 
O bando, ligado ao tráfico de drogas da comunidade Gogó da Ema, rendeu o secretário por volta das 20 horas, no Bairro Heliópolis, com o objetivo de roubar seu veículo, uma vez que os líderes do tráfico ordenaram a subtração de um carro grande tipo Pick Up. Ao verificar que o político, policial militar reformado, possuía uma arma de fogo no banco traseiro do veículo, efetuaram disparos contra Marcos, causando sua morte.
 
De acordo com a denúncia, Fábio Rafael de Souza Pereira, vulgo ‘FB’, Lucas da Silva Santos, vulgo ‘LC’, Thiago de Almeida Peres, vulgo ‘Canelão’, Jonas do Nascimento Vicente, vulgo ‘Maneirinho’ e Wesley Ribeiro Pinto, vulgo ‘Bacalhau’, foram os responsáveis pelo latrocínio. Eles cumpriram ordem do chefe do tráfico do Gogó da Ema, Cristiano Santos Guedes, vulgo ‘Puma’, transmitidas por Fabio Roberto Lopes dos Santos, vulgo ‘Chuchu’ e Thiago Ferreira da Silva, vulgo ‘Mão d’água’.
 
“Os líderes do tráfico local ordenaram aos demais, que efetuassem roubos de veículos, determinando e individualizando a forma de atuação dos seus comandados, bem como fornecendo armas de fogo – fuzis, pistolas e revólveres -,  para a execução das empreitadas criminosas." afirmou o promotor Fabio Correa. 
 
Na mesma data, horas antes, em Belford Roxo, o grupo praticou uma sequência de roubos, que culminou na morte da professora Tânia Maria da Silva Lima, crimes estes também denunciados pelo MPRJ. 
 
A referida atividade se apresentava como uma ramificação do tráfico de drogas como forma de obter maior rentabilidade, com intento de receberem valores a título de resgate junto às cooperativas de seguro veicular. A denúncia alerta ainda, que é notório a alto índice de roubos de  carros no Município de Belford Roxo e Cidades limítrofes e os lideres passaram a determinar que fossem subtraídos uma maior quantidade de veículos para ganharem mais dinheiro.
 
Os acusados foram denunciados pelos crimes de latrocínio e corrupção de menores, já que a ação teve a participação de um menor de idade. Os denunciados podem vir a ser condenados a mais de trinta anos de prisão. As investigações foram realizadas pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

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