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MPRJ e Polícia Civil realizam duas operações em Casimiro de Abreu, para cumprir mandados de prisão contra traficantes de drogas
Publicado em Thu Feb 28 08:33:18 GMT 2019 - Atualizado em Thu Feb 28 10:22:55 GMT 2019

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e da Polícia Civil, realiza, neste dia 28 de fevereiro, as Operações ‘Independente II’ e ‘Vale do Indaiaçu’, no município de Casimiro de Abreu. Ambas têm origem em denúncias apresentadas pelo GAECO/MPRJ. A ação também conta com o apoio do Sispen da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária.

A primeira tem como objetivo cumprir mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra 15 integrantes de associação criminosa, ligada à facção ADA (Amigos dos Amigos). Já a operação ‘Vale do Indaiaçu’ visa ao cumprimento de 32 mandados de prisão contra membros de quadrilha de traficantes de drogas ligada ao Comando Vermelho (CV). Também neste caso foram expedidos mandados de busca e apreensão nas residências de denunciados e também nos presídios onde alguns se encontram acautelados.

Segundo a primeira denúncia, que trata da Operação ‘Independente II’, o grupo criminoso vinculado à ADA foi estruturado com o objetivo principal de comercializar entorpecentes na cidade de Casimiro de Abreu, em especial nas comunidades Industrial e Professor Souza. Relata o MPRJ que, entre março de 2016 e setembro de 2018, os denunciados, com uso de armas, praticavam outros crimes distintos, incluindo homicídios, diretamente ligados à prática da venda de substâncias ilícitas.

Nos termos da denúncia, enquanto chefe da quadrilha, Manoel Ramon da Cruz, vulgo ‘Nenel’ ou ‘Patrão’, financiava os gastos necessários à operacionalização, manutenção e ampliação do esquema criminoso, partindo dele o custeio da aquisição de drogas e armas, bem como o pagamento dos custos de logística e dos integrantes do grupo. Vale destacar que, tendo sido preso em 2015, mesmo do interior do sistema penitenciário do Estado do Rio do Janeiro, onde ainda se encontra, Manoel Ramon permaneceu coordenando o grupo, repassando as ações aos demais associados no tráfico e recebendo o produto oriundo da venda de entorpecentes.

De acordo com a segunda denúncia apresentada pelo GAECO/MPRJ, e que resultou na deflagração da Operação ‘Vale do Indaiaçu’, também em Casimiro de Abreu, entre os anos de 2016 e 2018, nos bairros e comunidades conhecidos como Mataruna, BNH, Santa Ely, Perimetral, Casinhas, Parque Vale do Indaiaçu e Centro, os denunciados, ligados à facção criminosa CV, associaram-se para a prática do tráfico de drogas com outros 19 traficantes.

Os crimes de tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico (artigos 33 e 35 da Lei 11.343/06) preveem penas de reclusão de 5 a 15 anos e de 3 a 10 anos, respectivamente, além do pagamento de multa. Já aquele que colabora com o tráfico responde pelo delito do art. 37 da referida lei, que prevê pena de reclusão de dois a seis anos e pagamento de multa.

Acesse a íntegra da denúncia contra os membros da quadrilha ligada ao ADA.

Veja a denúncia contra os 32 integrantes do grupo criminoso vinculado ao CV.

 

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