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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) participou, nesta segunda-feira, (29/07), de reunião das forças de segurança do Estado que apresentaram um balanço da Ação Integrada de Redução Criminal Sistêmica - ORDO, deflagrada em 15/07 e conduzida pelas polícias Militar e Civil para restaurar a ordem pública de forma integrada, em parceria com concessionárias de serviços básicos, como luz, água e gás, em localidades que são alvos de disputa territorial entre o tráfico e a milícia.
A reunião, realizada no auditório do Centro Integrado de Comando e Controle, na Cidade Nova, no Centro do Rio, contou com as participações de promotores de Justiça que atuam nas áreas criminais e de segurança pública. Na abertura, o secretário estadual de Segurança Pública, Victor dos Santos, ressaltou a importância da união das instituições envolvidas e elogiou a atuação do MPRJ para o sucesso da Ação.
"A Ação Ordo deixa de legado a integração de todos os órgãos e instituições do Estado. O apoio do Ministério Público foi fundamental. Claro, tem atribuição de controle externo da atividade policial, mas, mais do que isso, ao estar com as forças de segurança mostrou um diferencial. O policial começa a enxergar o Ministério Público como aquela instituição que apoia, até porque muitos desses conhecimentos produzidos nessa ação vão gerar investigações que vão subsidiar futuras denúncias e, obviamente, responsabilização criminosa", afirmou Victor dos Santos.
O coordenador do GTT-ADPF 635/MPRJ, promotor de Justiça Tiago Veras, compôs a mesa, e destacou que o MPRJ vem acompanhando em tempo real não só essa operação, mas todas as demais operações que são comunicadas à instituição. "Essas operações grandes, planejadas, feitas com inteligência, com estratégia, são fundamentais no combate à criminalidade organizada, que sabemos, se expande no estado do Rio de Janeiro e diversifica as suas atividades econômicas. Foi importante ouvir o Estado, por meio das suas diferentes estruturas, saber dos resultados obtidos. É preciso que o Estado dê uma resposta ao avanço do crime organizado, mas essa resposta deve ser feita de forma estratégica, observando as diretrizes e os parâmetros estabelecidos pela APDF 635 e também as normativas próprias das Polícias Civil e Militar e da Secretaria de Segurança Pública. É possível e imprescindível que se conciliem o respeito aos direitos humanos de todos os envolvidos, em especial dos mais vulneráveis, e o serviço essencial de segurança pública a cargo das nossas polícias, dentro da legalidade, para proteção dessas mesmas pessoas", ressaltou Veras.
Pelo MPRJ, participaram também o coordenador do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), Fabio Corrêa; o coordenador de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), Eduardo Campos; a coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Investigação Penal, Adriana Lucas e o assistente do GTT-ADPF 635, Victor Miceli. O subsecretário de Operações Integradas, coronel Maurílio Nunes da Conceição apresentou os resultados e os pontos positivos da Ação Ordo (ordem, em latim). Ele informou que, desde o começo, têm sido registrados diariamente aumentos de prisões e apreensões de armas e drogas, com baixa letalidade. "Um dos objetivos é asfixiar financeiramente as organizações criminosas que dominam esses territórios e, mais do que a retomada da ordem, queremos restabelecer a garantia dos direitos dos cidadãos de comunidades", afirmou Maurílio Nunes.
Também compuseram a mesa o representante da Secretaria de Estado da Polícia Militar, subsecretário Operacional, coronel Ranulfo Brandão; o subsecretário da Polícia Civil, delegado Alexandre Capote; Paulo Sartori, subsecretário de Inteligência da Secretaria de segurança Pública e o Tenente-coronel Eduardo Bastos, subsecretario de Operações da Secretaria de Ordem Pública da Cidade do Rio de Janeiro (Seop/PCRJ).
Por MPRJ
(Dados coletados diariamente)