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MPRJ inicia curso sobre práticas restaurativas e mediação de conflitos com guardas municipais
Publicado em Mon Jul 15 16:51:44 GMT 2024 - Atualizado em Mon Jul 15 16:50:39 GMT 2024

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Instituto de Educação Roberto Bernardes Barroso (IERBB/MPRJ) e da Coordenadoria de Mediação, Métodos Autocompositivos e Sistema Restaurativo (CEMEAR/MPRJ), realizou, nesta segunda-feira (15/07), a primeira aula do curso “Técnicas Elementares de Práticas Restaurativas e Mediação de Conflitos”, destinado aos agentes da Guarda Municipal do Rio de Janeiro, São Gonçalo e Tanguá. 

O encontro foi dividido em duas partes. No turno da manhã a aula contou com a participação inicial do vice-diretor do IERBB, promotor de Justiça Alexandre Couto Joppert,  que deu as boas-vindas aos participantes e expressou o contentamento da Escola de Governo do MP em receber o curso de Justiça Restaurativa. Já a procuradora de Justiça Patrícia Carvão, coordenadora-geral de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana (COGEPDPH/MPRJ), afirmou que a proposta do curso é trazer uma formação adequada aos guardas que atuam na ronda escolar, para que possam operar de forma mais eficaz na resolução de conflitos. 

“A proposta do curso é trazer ferramentas para que a comunicação seja feita de forma mais assertiva, e também trazer mais repertório para que o trabalho da guarda possa ser desempenhado sob múltiplas abordagens. O conflito é sempre um convite. Nós podemos aceitá-lo ou recusá-lo. Sob esse aspecto, é muito importante não só pensar no outro; é importante pensarmos em nós mesmos. E aprendermos a lidar com nossos gatilhos emocionais, percebendo o que nos desestabiliza. É preciso que haja, também, uma autorreflexão. E faremos isso aqui hoje”, afirmou a procuradora. 

Na parte da tarde, de forma interativa e prática, os facilitadores do CEMEAR/MPRJ, Antônio Velasco,  Bruno Chadud e Esley Cardoso, abordaram o estabelecimento de valores, técnicas para mediação de conflitos e práticas restaurativas relacionados ao cotidiano dos guardas municipais. O conceito de Justiça Restaurativa e a defesa da necessidade de autoconhecimento ao lidar com o outro foram apresentados durante reflexões sobre saúde mental.

Os agentes de segurança presentes na primeira aula do curso participaram com depoimentos e interações nas dinâmicas propostas, buscando aprimorar o conhecimento acerca da responsabilidade emocional, para que a mediação de conflitos seja eficaz entre voluntários e adeptos das práticas restaurativas.

Os facilitadores ressaltaram que é essencial manter um equilíbrio entre vários elementos. Primeiro, a comunicação deve ser clara e empática, permitindo que todas as partes se sintam ouvidas e compreendidas. Além disso, é importante que os mediadores possuam habilidades de escuta ativa e neutralidade, evitando julgamentos e preconceitos. A confiança mútua e o respeito são fundamentais para criar um ambiente seguro onde os conflitos possam ser resolvidos de maneira colaborativa e construtiva.

Por MPRJ

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