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MPRJ participa da 13ª edição da CaminhaDown em Ipanema
Publicado em Mon Mar 19 09:45:23 GMT 2018 - Atualizado em Mon Mar 19 10:08:27 GMT 2018

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Ouvidoria Itinerante, participou da ação CaminhaDown 2018, realizada na manhã deste domingo (18/03), no Posto 8, em Ipanema. Aberto ao público, o evento reuniu centenas de pais e seus filhos para mais de uma dezena de atividades, tais como pintura facial e coletiva para crianças, personagens vivos, viatura e cavalos da polícia montada, contação de histórias, roda de samba, atendimento jurídico, apresentação da banda da Polícia Militar e de dança do ventre. A ação faz parte das celebrações do Dia Internacional da Síndrome de Down – próxima quarta-feira, 21 de março.

Na tenda montada pela Ouvidoria Itinerante do MPRJ no local houve atendimento a toda a população e, em especial, para o recebimento das demandas relativas a problemas que afligem as famílias onde há membros com a Síndrome. As reivindicações feitas serão encaminhadas aos respectivos Centro de Apoio do Ministério Público, de acordo com a natureza das reclamações, para que sejam transformadas em ações e projetos que atendam às demandas coletivas de inclusão.

"Tomo a liberdade de citar o verso de uma canção famosa de Milton Nascimento para dizer que a 'Ouvidoria tem que ir aonde o povo está'. Isto é, prestar esse atendimento de forma próxima, sentindo a temperatura das ruas, de forma ainda mais humanizada. Por vezes, uma simples orientação, como as que prestamos algumas vezes hoje, tem um valor incomensurável para essas pessoas", afirmou o procurador de Justiça e ouvidor José Roberto Paredes, lembrando que o setor recebeu 37 mil ouvidorias ao longo de 2017.

Assessora da Ouvidora/MPRJ, a promotora de Justiça Georgea Marcovecchio  falou sobre este contato tão próximo entre a instituição e as ruas. "Há vários canais disponíveis de atendimento, via internet ou pelo telefone 127. Mas, nestes eventos, temos a oportunidade de trocar energias e experiências com essas pessoas, com maior entendimento dos seus problemas. E elas sentem que, de fato, estamos 'vestindo a camisa'. Isso vai muito além da frieza de um formulário preenchido", apontou, revelando que uma das queixas recebidas pela Ouvidoria no evento tratava da questão de gratuidade de transporte para o indivíduo com Down, prevista em lei mas que, no entanto, não contempla seu acompanhante.

Essa foi a 13ª edição da CaminhaDown no Rio - e a quinta a contar com a presença formal do MPRJ. Fato festejado pela promotora titular da 1ª Vara Criminal de Magé, Rosani Blanco. "Mais que qualquer outra coisa, este evento busca dar visibilidade à capacidade das pessoas com a síndrome de Down. E a participação do MPRJ é muito importante, pois é uma instituição defensora da sociedade, das causas coletivas. E a plena inclusão é uma causa de todos nós", defendeu, antes de falar de seu envolvimento também pessoal com a causa.

Rosani é mãe de João, de seis anos, e relata de forma transparente algumas dificuldades experimentadas com o filho. Por exemplo, no campo da saúde, devido à imunidade baixa. E, no aspecto escolar, pela falta de profissionais capacitados para promover a real inclusão dessas crianças em salas de aula. "E isso é fundamental não somente para aquelas que têm Down, mas para os alunos regulares e o conjunto da comunidade. Faz bem e é saudável para todos", ponderou ela, antes de dizer o que há de melhor na experiência de ser mãe de João. "Nós, os pais, nos tornamos pessoas melhores, começamos a enxergar além. A gente, literalmente, cresce junto com essas crianças especiais".

Sob o tema ‘Uma caminhada para exercitar a consciência’, a CaminhaDown 2018 foi realizada em clima festivo, com centenas de balões coloridos que podiam ser vistos de longe, enfeitando a orla carioca. E serviu como demonstração de que a diferença deve ser fator não de desigualdade, discriminação ou preconceito, e sim de enriquecimento das relações sociais, como defendeu a promotora de Justiça Eliane de LIma Pereira, assessora de Direitos Humanos e Minorias (ADHM/MPRJ).

"A inclusão deve ser para todos, e é basicamente uma questão de Direitos Humanos. Ao apoiar essa causa, o MPRJ se coloca num lugar que deve ocupar, no sentido de promover todo tipo de igualdade, seja ela no campo do gênero, de raça ou da possibilidades de desenvolvimento físico e intelectual dessa parcela da população, a partir do fomento a boas políticas públicas", concluiu.

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