Uma das mudanças efetuadas pelo novo procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, na estrutura do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), foi a alteração no comando do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (CAO Criminal/MPRJ), que passa a ter as promotoras de Justiça Simone Sibilio como coordenadora e Roberta Maristela, como subcoordenadora. Sibilio foi coordenadora do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e atuou nas investigações do caso dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes. E, à frente do CAO Criminal/MPRJ, pretende prestar apoio aos promotores de área e apostar numa atuação voltada aos anseios da sociedade fluminense, em especial na interface com o setor da Segurança Pública.

"Recebi o convite com muita alegria e orgulho, para fazer parte da administração superior do novo PGJ, sobretudo na área penal, coordenando o  CAO Criminal/MPRJ. Minha missão será  oferecer todo suporte aos promotores, fazendo articulações com as instituições componentes do sistema de Justiça, em auxílio aos colegas que estão no 'chão da fábrica'. Isso é algo fundamental e que sempre gostei de fazer. Pretendo manter também o olhar atento aos promotores, para ajudar naquilo que for necessário na interface com a sociedade civil, de modo que o MP esteja sempre ao lado de quem importa: a sociedade, nossa razão de existir", pontua Simone

Para a nova coordenadora do CAO Criminal/MPRJ, em qualquer que seja a área de atuação, há sempre desafios a serem enfrentados. "Pretendo implementar boas iniciativas para atender às demandas dos promotores na área Criminal, sejam  relacionadas às infrações de menor potencial ofensivo, relativas ao cotidiano do Direito Penal, às de médio potencial ofensivo e às de letalidade violenta, relativas ao Tribunal do Júri, área que merece uma atenção especial devido aos indices de homicidios no Rio de Janeiro e aos índices de homicidios não punidos , uma vez que atingem o bem mais caro: a vida."

Simone Sibilio afirma ter vários projetos para o Centro de Apoio que estará sob sua coordenação. "São muitos, todos eles voltados a fomentar e facilitar a atuação dos promotores na área Criminal, meus colegas que estão no front. O mundo mudou. Os processos não são mais os mesmos. Pretendo utilizar a expertise que angariei na coordenação do GAECO/MPRJ, atuando em casos de repercussão e, sobretudo, no Júri, para ajudar os promotores no exercício de sua atividade-fim e propor projetos para fomentar as políticas institucionais na área Penal", explicou, antes de prosseguir.

"Eu e minha subcoordenadora, Roberta Maristela, iremos analisar o que está em curso e já temos algumas propostas de mudanças na estrutura do CAO Criminal/MPRJ, a serem submetidas à Chefia Institucional, como criar grupo de juri para atuar em casos complexos e com auxílio de promotores mais novos na carreira, sempre visando facilitar e apoiar os promotores de Justiça que atuam na ponta, no exercício de suas atribuições."

Nesse sentido, o CAO Criminal/MPRJ, além de prestar apoio técnico aos promotores criminais, vai colaborar na formulação de políticas institucionais na área Penal. "Entendo que isso significa que a expertise do promotor criminal é necessária para a articulação de políticas de segurança pública, e que o Ministério Público tem papel fundamental nesta seara, como agente de transformação social que é, sendo certo que o atual estado de coisas no Rio de Janeiro demanda atenção pelo aumento da violência e da sensação geral de insegurança da população. Assim, tanto o MPRJ, como a sociedade fluminense, poderão se beneficiar a partir de uma atuação de promotores de forma mais integrada em suas diversas atribuições, e regida pelo princípio da unidade institucional", conclui Sibilio.

Por MPRJ